Ergonomia é a ciência que estuda a relação entre o homem e o seu trabalho para buscar formas de melhorá-la, a fim de gerar o bem-estar do colaborador e o consequente aumento de sua produtividade. Já o conceito de ergonomia organizacional está relacionado ao ambiente laboral no âmbito dos processos, políticas e estruturas organizacionais, analisando métodos de trabalho, relações interpessoais, fatores humanos, técnicas e instrumentos.
Pesquisas apontam que determinadas ações são capazes de promover saúde, aumentar a satisfação profissional e a produtividade, além de reduzir riscos de acidentes ou doenças ocupacionais. Profissionais como arquitetos e designers de interiores, ao conhecerem os tipos de ergonomia, podem sugerir mudanças no ambiente corporativo, como adaptação do mobiliário, alterações estruturais do ambiente, entre outros.
Por ser um conceito amplo, a ergonomia organizacional é dividida em diferentes áreas especializadas. Quer saber quais? Acompanhe!
Ergonomia física
Esse é o tipo de ergonomia prioritário dentro do ambiente corporativo, pois o desconforto físico também pode causar prejuízos cognitivos e emocionais. A ergonomia física realiza estudos fisiológicos, biomecânicos e anatômicos do trabalho. A partir deles, analisa itens como postos de trabalho, áreas de circulação e de descanso dos colaboradores.
Mesas, bancadas, assentos, cadeiras, climatização e iluminação adequada dos espaços, entre outros itens, devem ser observados para que o ambiente contribua com o bem-estar, a saúde e a segurança do trabalhador. A Norma Regulamentadora 17 — conhecida como NR 17 — determina as condições ergonômicas ideais no ambiente de trabalho. Nela, estão previstas que as atividades realizadas em pé devem contar com bancos de descanso e apoios para os pés, por exemplo.
Já para as atividades realizadas sentadas, é necessário o uso de cadeiras ergonômicas, apoios para os braços, mesas com altura adequada, monitores posicionados de forma correta e apoio para os pés, a fim de garantir a posição correta durante a jornada laboral. Além disso, a estação de trabalho deve ser montada de forma a permitir a livre movimentação do funcionário, sem restringir os movimentos de nenhuma parte do seu corpo.
A ergonomia física também tem o papel de conscientizar as empresas e orientá-las para a preservação da saúde física do colaborador. Talvez, o exemplo mais familiar de ergonomia física no nosso dia a dia sejam as cadeiras. A NR 17 estabelece que os trabalhos manuais devem ser executados preferencialmente na posição sentada — previsão que é naturalmente aplicada na prática.
Portanto, as cadeiras devem seguir algumas orientações, com o objetivo de manter uma postura ereta da coluna e o conforto do colaborador, como:
- o assento deve ser fabricado com material com pouca ou nenhuma conformação. Assim, pode ser feito de materiais duros, como o plástico, ou de espumas de alta densidade, como o poliuretano;
- a curvatura do encosto para as costas deve seguir a curvatura natural da lombar;
- a altura do equipamento deve ser ajustável às diferentes características biofísicas dos funcionários, como estatura e peso;
- os conjuntos de mesa e cadeira deverão ser posicionados de forma que o trabalho seja executado sem provocar estresse de nenhum segmento corporal.
Ergonomia cognitiva
Cognição significa adquirir conhecimento. Uma das formas mais difundidas do conceito de ergonomia cognitiva é a de preparar o indivíduo para reter o que foi aprendido. Sendo assim, criar um ambiente confortável para a mente do colaborador é fundamental para que ele esteja apto a desenvolver um bom trabalho.
A ergonomia cognitiva trata de como o trabalho afeta a saúde mental dos indivíduos e seus porquês, buscando formas de intervir para que desenvolvam suas tarefas com conforto. Está intimamente ligada aos processos mentais necessários para a realização das atividades e na forma como eles afetam as pessoas e suas interações.
Entre os objetivos, podemos citar preservação da atenção e concentração, tomadas de decisão, memória, raciocínio lógico, além da redução dos quadros de doença emocional e psíquica, como ansiedade e depressão. Todo tipo de trabalho exige diversas competências mentais para ser executado adequadamente. Elas abrangem dois domínios principais: os pensamentos e as emoções. Vamos falar de cada uma delas a seguir.
Juízo
Nossa mente apresenta um complexo conjunto de pensamentos e juízos que fazemos a respeito do nosso ambiente. Eles influenciam diretamente o nosso emocional e são responsáveis por nossas reações a esses estímulos. Para manter a ergonomia, é necessário que a empresa invista em uma cultura organizacional mais humanizada, que fomente a colaboração, as interações positivas e as relações.
Arquitetos e designers de interiores podem propor alterações no projeto corporativo e criar áreas de descompressão, inserindo mobiliário colaborativo, como sofás, puffs ou poltronas, que estimulem a interação e o diálogo entre as pessoas.
Emoções
Nossos sentimentos e sensações, junto com nossas experiências de vida, dão o tom em nossos pensamentos. Por isso, o equilíbrio emocional desempenha um importante papel que pode interferir em nosso desempenho (positiva ou negativamente). Isso aliado ao ambiente pode impactar em nosso bem-estar e em nossas relações.
Para estimular positivamente os indivíduos, algumas mudanças no ambiente físico podem fazer diferença, como:
- climatização — a temperatura ideal evita o desconforto e reações fisiológicas incômodas;
- mobiliário ergonômico — móveis que seguem os padrões estabelecidos pelas normas regulamentadoras e que trazem conforto para o trabalho;
- iluminação — além de escolher a iluminação adequada ao ambiente, é possível também utilizar a luz natural e deixar o ambiente confortável e estimulante.
Ergonomia participativa
A ergonomia participativa trata da intervenção dos próprios colaboradores nas decisões para melhorar as condições no ambiente de trabalho. A NR 17 também traz a necessidade de considerar a opinião dos trabalhadores para a aplicação da ergonomia, pois são eles que vivenciam o dia a dia ao desempenhar suas tarefas.
Na maioria dos casos, é formada uma equipe composta por trabalhadores, ergonomistas e profissionais do ramo da saúde e segurança. Assim, eles avaliam em conjunto os desafios e problemas existentes e, com isso, elaboram soluções eficientes. Além da aplicação das melhorias, a participação dos colaboradores nesse processo faz com que eles se sintam valorizados e, consequentemente, se empenhem mais para garantir a ergonomia na empresa.
Importância da ergonomia organizacional
A ergonomia organizacional demonstra a importância que a liderança da empresa confere a seus colaboradores, por meio da preocupação com seu bem-estar, saúde e conforto. Os resultados provenientes dessa atenção, em geral, repercutem positivamente na cultura e no clima da organização, uma vez que os funcionários passam a se sentir mais motivados diante da preocupação com sua segurança e cuidado com suas emoções. Somado a isso, a ergonomia organizacional também é de suma importância para a redução de erros, fadiga, estresse, desconforto e falta de produtividade. Também, impacta positivamente no equilíbrio e na qualidade de vida dos funcionários, uma vez que corrige as situações que poderiam causar desconforto e possíveis dores — e que futuramente resultam em afastamentos. Esses, por sua vez, impactam diretamente no desempenho dos colaboradores.
Dicas de como melhorar a ergonomia organizacional
Agora que você entendeu diversos aspectos relevantes para a ergonomia organizacional, coloque em prática as seguintes dicas:
Analise as condições do ambiente
Para que a ergonomia organizacional seja a mais adequada possível, o ideal é realizar uma análise ergonômica no trabalho, também conhecida como AET. Esse é um documento que verifica e detalha todos os riscos ergonômicos que estão presentes na organização.
Assim, passa a ser possível examinar as condições e quais os impactos na rotina de trabalho e nas atividades realizadas por cada profissional. Entretanto, para que seja realizada de forma adequada e eficiente, é essencial que sejam seguidos os parâmetros estabelecidos na NR 17.
Inclusive, a NR 17 estabelece cada tipo de condição de trabalho e as características das atividades exercidas por cada colaborador deve ser considerada, visando promover segurança e conforto durante o desempenho dessas atividades.
Priorize mobiliário que auxilia a melhora da postura
Em relação ao mobiliário, o ideal é que os móveis sejam devidamente selecionados e totalmente adaptados ao trabalho realizado por cada funcionário e, consequentemente, à posição na qual realiza suas tarefas e atividades. Portanto, nesse momento, é importante viabilizar boa postura e conforto, possibilitando mobilidade, visualização do espaço, apoio para os braços e os pés — e até mesmo ajustes.
Um aspecto simples e importante nesse momento é utilizar as cadeiras ergonômicas apropriadas a cada tipo de atividade — considerando material, altura, presença ou ausência de apoio para os braços, entre outros aspectos.
Por exemplo, a cadeira de trabalho de um dentista não apresentará apoio para os braços e deve ter altura diferenciada e encosto mais baixo. Enquanto a cadeira de um profissional que realiza todas as suas atividades sentado, diante de um computador, deve conter apoio para os braços e encosto apropriado.
Escolha mobiliários feitos com tecnologia e qualidade
A qualidade do mobiliário é muito importante para garantir a ergonomia correta. Afinal, de que adianta uma cadeira apresentar o correto formato para a coluna se a espuma ou material não for resistente e não mantiver, com o passar do tempo e com o uso, as características que oferecem conforto?
Além disso, quando os mobiliários são feitos com tecnologia, passam a ser mais leves e possibilitam ajustes personalizados e mais fáceis — somado ao fato de proporcionarem alívio das tensões, facilitarem a execução das atividades e comporem um ambiente visualmente agradável.
A ergonomia organizacional visa realizar ações ou mudanças com o objetivo de reduzir os fatores de desgaste físico e psicológico no ambiente de trabalho. Essas alterações têm um impacto positivo na promoção da satisfação, na prevenção a acidentes, na redução dos afastamentos, na diminuição das doenças ocupacionais — e no consequente aumento da produtividade.
É importante destacar que para alcançar a adequada ergonomia organizacional, diversos fatores devem ser considerados e, por isso, é aconselhável contar com profissionais especializados nessa área.
Agora você já poderá elaborar um projeto completo para trazer muito mais conforto e bem-estar aos colaboradores. Sendo assim, aproveite a visita ao blog, visite o site e conheça os produtos da F.WAY.